GLICÍNIAS

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Foto: minha

Qual cascata de água, milagrosamente parada,
pendem aromáticos cachos de glicínias,
como se chorassem a tarde, tristemente cinzenta…

MARGENS DO TEJO

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Foto: minha

O rio no subir e descer das águas nas suas margens,

vai dando e tirando vida!
Revela-nos um paraíso vivo,

mas também um cemitério de fantasmas flutuantes…

INTEMPORALIDADE

,Foto: minha

O registo, permite prolongar no tempo o efémero dum momento.

MUNDO PARALELO

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Foto: minha

Debaixo dos meus pés, o reflexo, sugere-me a ideia dum mundo paralrelo…

DOCE NOSTALGIA

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Foto: minha

Restos de amarelo, doiram o escuro dominante

e em aliança com o verde,
adoçam a nostalgia sugerida pelo conjunto.

BRILHO DE PRATA

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Foto: minha

"Há na água, um reflexo de poesia,
Com brilho de prata e cor de fantasia."

(disse-o num poema… agora, cito-o.)

GRADEAMENTO

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Foto: minha

O gradeamento, distrai a sua função de defesa e protecção,

com um criativo e estético enlear de formas.

SERENIDADE

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Foto: minha

Aqui, o leve ondular da água,
sugere igual movimento à vegetação,
num equilíbrio que convida à serenidade.

LUZ E COR

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foto: minha

O dia despede-se entre sombras de luz e cor…
E o olhar perde-se deslumbrado…

ESPERA

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Foto: minha

Assim vai passando a vida!
Sentada, numa espera invisível,

por um tempo que nunca virá!

CONFRONTO

Foto: minha

Homem e natureza, forças em constante confronto.
O homem inventou as correntes.
A natureza persiste nos seus ciclos e dita a força das marés.

Entretanto a vida surge em cada pequeno espaço favorável.

DESOLAÇÂO

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Foto: minha (tirada no “Convento”, cenário das minhas brincadeiras de infância).

Pedaços de vidas que já foram,

moldados no retorcer
de tempos velhos... não esquecidos.

CONTEMPLAÇÃO

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Foto: minha

Equilíbrio e beleza… harmonia e cor…
Encanto que assume o respeito por todos os silêncios.

CONSTÂNCIA

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Foto: minha

Por entre os troncos nus, vislumbra-se o casario espreguiçando-se ao débil sol de Inverno e olhando o Tejo, a serpentear ao longe.

GRADES

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Foto: minha

De fora, o significado das grades perde-se na profusão de motivos que nos prendem o olhar!
Enquanto por dentro, sobressai e avoluma-se na vivência que elas são.

INCLINAÇÕES

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Foto: minha

As inclinações, estão na essência do ser!
Também estas, respondem a um apelo interior!
Resultaram do hábito forçado em necessária cedência aos ventos, ou da deliberada procura de luz.
Mas assim, adoptaram uma postura de voo, que ilude o circunscrito espaço da existência.

RUMORES

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Foto: minha

Folhagens agitam-se receosas do vento
que lá vem e as levará para além deste Outono,
deixando a árvore mãe, nua e solitária,
enquanto dorme o seu sono de Inverno.

FIM DE TARDE

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Foto: minha

Fim de tarde! Envolvência feita mistério,
carregando consigo, a nostalgia de todos os olhares…

O interdito, barrado ao humano acesso!

Apesar e para além, da verdade científica…

COMUM É O ESPAÇO

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Foto: minha

Entre lágrimas rubras,

de nostalgia pela partida,

sobressai o feliz grito alaranjado

de quem está no auge da vida.

A DANÇA DAS OLIVEIRAS

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Foto Minha

Enfeitadas de jovens roupagens,
as oliveiras estabilizaram passos de dança
no velho retorcido dos seus troncos.

FRIOS ABRAÇOS

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Foto: minha

Encadeados abraços num frio mortal de infinita espera….

MORTE E RENOVAÇÃO

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Foto: minha

Os restos da árvore testemunham uma vida que passou! Mas é ali, num consentimento forçado, que as cegonhas continuam o seu ciclo vivencial!

ILUSÕES

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Foto: minha

Consistente só a verdade! A imagem reflectida, parecendo quase real, é só uma ilusão que um leve agitar da água altera ou desfaz!

SOLITÁRIO

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Foto: minha

Decidido, o cogumelo responde ao apelo da vida e rompe solitário, por entre secas folhas de eucalipto.

SOLIDÃO E ABANDONO

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Foto: minha

Marcas da passagem do tempo, aliadas à ausência de vida, ditam a nostalgias dos lugares perdidos.

CRISTO

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Foto: minha - (escultura de Soares Branco)
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Cor, luz/sombra e forma, num todo que me fascina mas que me perturba...

A arte chega a cada um de forma sempre diferente.

Os olhos vêem o mesmo mas a interpretação do visto é exclusiva de cada qual.

CAMINHOS

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Foto: minha

Sempre haverá pedras nos caminhos...

SINES

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Foto: minha

“Sul e azul”, rimas que nunca esqueço!

OUTONALIDADES

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Fotos: minhas

Mistura de folhas e de tonalidades, sinais dum ciclo que nasceu na Primavera e começa a apodrecer nas primeiras águas outonais…

ADRO DE IGREJA

Foto: minha

As árvores,
balançam o seu despenteado ao vento,
enquanto pela clarabóia
o tempo espreita
a própria passagem!

CASCAIS

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Foto: minha

O céu, a terra, o mar, oferta ao homem, que acrescenta e completa a beleza do quadro.

CORTINAS

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Foto: minha

Perdida a nitidez do ser, por entre os meandros que forçam a orientação do olhar

MERGULHO

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Foto: minha

Ensaio de mergulho nas límpidas e frescas águas do Alviela, nascido ali pertinho?

A sombra já lá está!

SEGREDOS

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Foto: minha

E a hera abraça segredos ao muro,

enquanto a videira,

nua de folhas,

num enlear desordenado,

protesta o seu desconforto.